LÍDER NO SEGMENTO CONDOMINIAL BRASILEIRO

Inteligência emocional é crucial para a gestão do síndico

Estudos diversos e o próprio mercado de trabalho têm mostrado cada vez mais que o conhecimento técnico, ainda que seja amplo, não é suficiente ou fator garantidor para uma carreira de sucesso. Ele deve vir acompanhado da habilidade em bem administrar as emoções, hoje consideradas tão importantes quanto os aspectos cognitivos. É a chamada inteligência emocional. Ela é essencial para as mais variadas profissões e essencial também para quem atua na gestão condominial.

Na atuação do síndico, essa habilidade comportamental é mais do que necessária. É preciso saber fazer, mas, é preciso também estar equilibrado para fazer. Para isso, desde o seu primeiro dia de serviço, o síndico deve ter em mente que ele representa uma comunidade. Então, quando os moradores o procuram para realizar os mais distintos pedidos, em parte trazidos com emoção e sem visão da coletividade, é preciso ter inteligência emocional para acolher a mensagem, ponderar e ter coerência para colocar ou não em prática aquilo que foi solicitado.

Cautela, racionalidade e até distanciamento para avaliar cada situação antes da tomada de uma decisão são características emocionais importantes na gestão condominial. Vale ressaltar a máxima de que todo mundo tem razão em seu ponto de vista. Ainda mais nos frequentes momentos de conflito existentes na vida em condomínio.

Para superar esses momentos conflituosos com inteligência emocional, uma boa estratégia é investir no diálogo. Através dele, é possível fazer o condômino reclamante ou solicitante perceber como ele está reagindo dentro da situação. Por meio de uma conversa respeitosa, o síndico pode conduzir a pessoa novamente para o lado racional onde, então, é possível aprofundar o entendimento sobre o problema e buscar a respectiva solução.

Dá ainda mais peso à estratégia acima o entendimento, por parte do síndico profissional, que os condôminos são, na essência, clientes seus, o que demanda uma visão estritamente profissional, entendendo que as reclamações que chegam não são contra sua pessoa física, mas contra uma figura de autoridade por ele representada. Por essa razão, é fundamental deixar somente a razão prevalecer. O trabalho, dessa forma, fluirá melhor.

Desenvolvimento da inteligência emocional

Uma vez sabida a relevância da inteligência emocional na gestão condominial, o passo seguinte é desenvolvê-la. Há um processo para alcançá-la. Saber quanto é importante bem como qual é o impacto do próprio comportamento nas relações é o primeiro passo. Nessa jornada, a autopercepção e o autoconhecimento são essenciais.

Paralelamente, é fundamental refletir, antes de assumir a função de síndico, se está preparado, com o equilíbrio emocional necessário para desempenhar uma atividade que sempre é envolta de muitas expectativas e muitas divergências.

Já no exercício da atividade, o síndico profissional deve estar constantemente atento aos feedbacks dos condôminos. Eles são o termômetro que medirá a capacidade de gerir as emoções, bem como de construir relações com seus clientes, os moradores.

Ao evoluir o processo de autoconhecimento, o síndico consegue descobrir e reconhecer pontos de necessidade de melhora no que diz respeito à inteligência emocional. Entra, aqui, a etapa de treinamento comportamental. Ela pode ser feita de diversas formas, tanto autodidata, por meio de livros sobre o assunto, quanto com ajuda profissional, seja através de coach ou de terapias. O importante é reconhecer e ter interesse em modificar o comportamento, o que exige da pessoa muito esforço, muito trabalho e um propósito muito firme.

O desenvolvimento da inteligência emocional permitirá que o síndico consiga conduzir melhor mesmo aqueles momentos mais divergentes, que geralmente se sucedem nas assembleias, onde os ânimos se exaltam e formam-se grupos com ideias opostas.

Com calma e equilíbrio total das emoções, o síndico passa a organizar os pensamentos, espelhar racionalidade e, mesmo sem deixar de usar a firmeza quando a situação pedir, conduzir a situação em busca da solução para a divergência em questão. Bons síndicos desenvolvem e aplicam essa habilidade e os tornam mais preparados para lidar com as adversidades, conflitos e desafios que permeiam essa importante atividade profissional.

 

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LTCAT

Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

O LTCAT é um documento que avalia e atesta a presença de riscos nos locais de trabalho. Esse registro entrou em vigor em 1997, e é de extrema importância dentro da área condominial. Visando a trazer informações sobre as condições de trabalho de grupos de funcionários.

TRABALHO EM ALTURA

Segurança para trabalhos em altura

Considera-se trabalho em altura o serviço realizado acima de dois metros do nível inferior, onde exista risco de queda. O funcionário deve receber treinamento para a função, com atualização a cada dois anos. Em condomínios, são comuns atividades de limpeza ou pintura externa.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Regulamenta as medidas para prevenção de incêndios, que devem seguir a legislação de cada Estado e as normas técnicas que se aplicam. Menciona deveres do empregador e a disposição correta das saídas de emergência.

ELÉTRICA

Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade

Norma que determina os requisitos para trabalhar com instalações elétricas e serviços com eletricidade. Entre as regras, estão a necessidade de desenergização elétrica ou uso da tensão de segurança para realização de serviços e a recomendação de não usar adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas.

PGR

Programa de Gerenciamento de Riscos

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas.

PCMSO

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O programa deve prevenir, rastrear e fazer o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. A partir do mapeamento de riscos ambientais, o médico deve estabelecer quais critérios devem ser avaliados quanto à saúde do funcionário. Estão previstos exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e o demissional. A norma também prevê a obrigatoriedade da presença de material de primeiros socorros, guardados em local adequado e aos cuidados de uma pessoa treinada para esse fim. Um relatório anual deve ser entregue à CIPA.

EPI

Equipamentos de Proteção Individual

EPIs são todos os equipamentos ou produtos de uso individual que protegem o trabalhador de riscos que podem ameaçar sua saúde e segurança. Muito comuns em indústrias e obras, os EPIs são obrigatórios também em condomínios. Um exemplo prático é o pessoal da limpeza, que deve usar luvas, para se proteger de produtos químicos, e botas de borracha, para não escorregar no chão úmido. Em áreas próximas a aeroportos ou avenidas com muito ruído, vale considerar o uso de um protetor para a audição. A empresa é obrigada a fornecer o equipamento gratuitamente e substituí-lo quando necessário. É dever do síndico garantir o treinamento e exigir dos funcionários o uso do EPI.

CIPA

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Trata da formação de uma comissão para evitar acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Nas empresas de até 50 funcionários, não é obrigatória a formação de uma comissão. Basta que um funcionário seja capacitado no treinamento anual da norma. A partir de 51 empregados, é preciso ter uma comissão, formada por representantes do empregador e dos empregados. O mandato tem duração de um ano.

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