LÍDER NO SEGMENTO CONDOMINIAL BRASILEIRO

Na hora de fazer o currículo, (quase) todo mundo comete este erro

Ricardo Karpat, Especialista em Recursos Humanos e Diretor da Gábor RH, é principal fonte de pesquisa para o Portal EXAME.com, confira:

São Paulo — Com a ajuda da internet, preparar o próprio currículo virou uma tarefa relativamente fácil: basta fazer o download de algum modelo disponível na web e preenchê-lo com os seus dados. O que continua difícil é elaborar um documento que se diferencie dos demais e brilhe aos olhos do recrutador.

O segredo está em um detalhe que passa despercebido para a maior parte dos candidatos: o fato de que um bom currículo deve ser sóbrio, enxuto e objetivo — mas jamais burocrático.

Uma dos erros mais comuns nesse sentido é simplesmente descrever as atribuições e tarefas que você teve em cada emprego, alerta Raphael Falcão, diretor da consultoria de recrutamento HAYS Experts.

Dizer simplesmente que você geria planilhas, atendia clientes e media indicadores de desempenho, por exemplo, não traz muita informação. Se for possível, é preciso revelar qual foi o impacto do seu trabalho para o departamento em que você atuou, ou até para o negócio como um todo.

Fazer uma lista das suas tarefas ao longo da carreira é um erro comum até no LinkedIn. De acordo com estudos da própria rede social, a palavra “responsável” — não no sentido de “sério” ou “ajuizado”, mas no de “responsável” pela tarefa X ou Y — é uma das repetidas pelos usuários do site há anos em seus perfis.

“Descrever o que você fazia é importante e necessário, mas não é suficiente”, afirma Falcão. “Também é fundamental esclarecer qual legado você deixou em cada passagem profissional”.

Mas como fazer isso?

De acordo com Ricardo Karpat, diretor da consultoria Gábor RH, falar sobre os seus resultados no currículo é uma missão importante, porém delicada. Só vale a pena, segundo ele, falar sobre conquistas verdadeiramente relevantes.

“Se você é assistente, auxiliar ou estagiário, é mais interessante descrever suas atribuições do que falar sobre resultados, porque, pelo seu nível hierárquico, dificilmente o seu trabalho terá gerado números tão expressivos assim para o negócio”, diz ele.

Na opinião de Karpat, o filtro da relevância exige que você só fale sobre o impacto que trouxe para ex-empregadores se já tiver ocupado um cargo de gerência ou diretoria.

Falcão discorda dessa visão, e acredita que profissionais de qualquer nível hierárquico podem ganhar pontos com o recrutador se incluírem resultados no currículo.

“Mesmo que você seja um estagiário, pode ter feito algo que transformou de alguma forma a sua área”, explica ele. “Além disso, é uma atitude que demonstra que você está preocupado com o próprio impacto, que tem consciência da sua importância para o negócio como um todo”.

Mas cuidado para não exagerar: alguns candidatos mencionam resultados alheios como se tivessem sido seus, e acabam se queimando com os headhunters.

“Se você só participou indiretamente de um projeto bem-sucedido no seu emprego anterior, é melhor não dizer nada”, orienta Guilherme Malfi, gerente de recrutamento da consultoria Talenses.

A menção só vale quando você liderou — ou, pelo menos, foi peça essencial — em um projeto que se transformou em inovação, ganho de receita ou redução de custos, por exemplo.

Como ser realmente convincente?

Para garantir a sua credibilidade, é importante priorizar resultados mensuráveis. O conselho de Malfi é falar em termos numéricos: uma ideia sua trouxe redução de 30% dos custos em um determinada operação, permitiu a conquista de 200 novos clientes em dois meses ou fez triplicar a taxa de produtividade de um processo, por exemplo. Saiba mais: Veja com a SONDA as 5 tendências de comunicação com o cliente Patrocinado

Se for impossível falar em números, a única exceção aceitável, segundo Karpat, é citar prêmios, homenagens ou outras formas comprovadas de reconhecimento. “Se não houver nenhum endosso formal, é melhor nem mencionar”, afirma.

No caso de um profissional mais jovem, costuma ser difícil trazer resultados quantitativos. “Nesse caso, descreva algum feito excepcional, algo que você fez além do esperado para o seu nível hierárquico”, orienta Malfi.

O maior erro de todos é não falar nada sobre o seu impacto pelas empresas pelas quais passou. “Quando você não fala sobre seu legado, seu currículo fica igual a qualquer outro”, resume Falcão. “As empresas buscam quem faça diferença, e é preciso mostrar que você é capaz disso”.

Disponível em: https://goo.gl/hEdJ3y

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LTCAT

Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

O LTCAT é um documento que avalia e atesta a presença de riscos nos locais de trabalho. Esse registro entrou em vigor em 1997, e é de extrema importância dentro da área condominial. Visando a trazer informações sobre as condições de trabalho de grupos de funcionários.

TRABALHO EM ALTURA

Segurança para trabalhos em altura

Considera-se trabalho em altura o serviço realizado acima de dois metros do nível inferior, onde exista risco de queda. O funcionário deve receber treinamento para a função, com atualização a cada dois anos. Em condomínios, são comuns atividades de limpeza ou pintura externa.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Regulamenta as medidas para prevenção de incêndios, que devem seguir a legislação de cada Estado e as normas técnicas que se aplicam. Menciona deveres do empregador e a disposição correta das saídas de emergência.

ELÉTRICA

Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade

Norma que determina os requisitos para trabalhar com instalações elétricas e serviços com eletricidade. Entre as regras, estão a necessidade de desenergização elétrica ou uso da tensão de segurança para realização de serviços e a recomendação de não usar adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas.

PGR

Programa de Gerenciamento de Riscos

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas.

PCMSO

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O programa deve prevenir, rastrear e fazer o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. A partir do mapeamento de riscos ambientais, o médico deve estabelecer quais critérios devem ser avaliados quanto à saúde do funcionário. Estão previstos exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e o demissional. A norma também prevê a obrigatoriedade da presença de material de primeiros socorros, guardados em local adequado e aos cuidados de uma pessoa treinada para esse fim. Um relatório anual deve ser entregue à CIPA.

EPI

Equipamentos de Proteção Individual

EPIs são todos os equipamentos ou produtos de uso individual que protegem o trabalhador de riscos que podem ameaçar sua saúde e segurança. Muito comuns em indústrias e obras, os EPIs são obrigatórios também em condomínios. Um exemplo prático é o pessoal da limpeza, que deve usar luvas, para se proteger de produtos químicos, e botas de borracha, para não escorregar no chão úmido. Em áreas próximas a aeroportos ou avenidas com muito ruído, vale considerar o uso de um protetor para a audição. A empresa é obrigada a fornecer o equipamento gratuitamente e substituí-lo quando necessário. É dever do síndico garantir o treinamento e exigir dos funcionários o uso do EPI.

CIPA

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Trata da formação de uma comissão para evitar acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Nas empresas de até 50 funcionários, não é obrigatória a formação de uma comissão. Basta que um funcionário seja capacitado no treinamento anual da norma. A partir de 51 empregados, é preciso ter uma comissão, formada por representantes do empregador e dos empregados. O mandato tem duração de um ano.

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