LÍDER NO SEGMENTO CONDOMINIAL BRASILEIRO

5 Erros que você pode cometer ao negociar salário na crise

Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH, é fonte da matéria destaque da Revista Exame.

São Paulo – Numa fase tão crítica para a economia brasileira e para grande parte das empresas que operam no país, pedir um salário maior soa como loucura.

Mas, na visão de Patrícia Tourinho, gerente da consultoria Michael Page, não é bem assim. “Discutir remuneração com o seu empregador jamais pode ser um tabu, independentemente de quão duro esteja o contexto do país”, afirma.

Afinal, argumenta ela, as empresas devem valorizar financeiramente os profissionais que fazem a diferença e podem alavancar o negócio – ainda mais diante da crise.

No entanto, diz Ricardo Karpat, diretor da Gábor RH, é importante ter “muitos dedos” na hora de pedir um aumento salarial ou solicitar um valor maior do que o oferecido numa vaga de emprego.

“Nenhuma empresa quer aumentar seus custos com funcionários agora”, diz ele. “Se a sua abordagem não for muito delicada e bem embasada, pode gerar mal-estar e fechar portas para você”.

Veja a seguir 5 erros que muita gente comete em negociações salariais – e que são ainda mais graves no contexto da crise econômica que está abatendo o país:

1. Achar que dinheiro é mais importante do que tudo
Segundo Patrícia, muitos profissionais perdem boas oportunidades de carreira por terem como prioridade o enriquecimento imediato. “Se você já chega com o pensamento fixo de que precisa conseguir um salário mais alto, a conversa com o recrutador ou chefe será pesada, tensa e dificilmente renderá bons frutos”, diz a gerente da Michael Page.

É mais estratégico olhar além do número que aparecerá no seu holerite. O pacote total de remuneração, que inclui benefícios e bônus variáveis, tem mais significado do que o salário puro.

Sobretudo em um momento de crise, também vale considerar vantagens mais intangíveis, como as oportunidades de aprendizado trazidas pelo emprego, que podem se traduzir em sucesso profissional -e financeiro – a longo prazo.

2. Não ter “timing”
Outro equívoco grave é trazer o assunto à tona numa hora inoportuna. No caso de um candidato que tenta pleitear uma remuneração mais alta do que a oferecida numa vaga de emprego, o pior momento para falar sobre isso é o início da entrevista de emprego. “Não tenha pressa e, de preferência, deixe que o recrutador tome a iniciativa de puxar esse assunto”, orienta Patrícia.

Se você já está empregado e quer um reajuste salarial, a dica de Karpat é não dar um “susto” no chefe. O ideal é agendar uma conversa presencial, num momento minimamente tranquilo para a empresa, e introduzir o assunto aos poucos.

Segundo o especialista, é importante cuidar das palavras para não soar alienado ou egoísta. “Mostre que está ciente do momento difícil que a economia brasileira está atravessando e garanta seu interesse em continuar na empresa”, afirma ele.

3. Não ter uma boa razão para pedir mais
Numa negociação salarial, você dificilmente convencerá seu interlocutor se não tiver argumentos fortes – ainda mais em tempos de “cinto apertado” para a maioria das empresas brasileiras.

De acordo com Karpat, você pode sustentar o seu pedido com base nos resultados que apresentou até o momento, se estiver empregado, ou em passagens profissionais anteriores, caso esteja participando de um processo seletivo. Quanto mais números e fatos concretos puder apresentar para provar o seu merecimento de um salário mais alto, melhor.

O seu discurso deve ser inteiramente racional. “Traga argumentos sensatos, não pressione o outro e evite transmitir ansiedade”, aconselha Patrícia.

4. Mentir ou blefar
O método definitivo para fracassar numa negociação salarial é faltar com a verdade. Dizer que você tem outra oferta de trabalho que paga mais, por exemplo, é um típico ultimato que costuma azedar qualquer negociação – ainda mais se a história for fictícia.

Segundo Karpat, honestidade é fundamental para fazer a conversa funcionar. Se você for pego numa mentira, pode perder a sua credibilidade e até o seu emprego, o que é ainda mais grave num momento em que o desemprego passa de 8% no Brasil.

Patrícia também defende a transparência total em processos seletivos. Segundo ela, muitos profissionais não gostam de falar sobre a sua remuneração anterior – e acabam escondendo ou distorcendo valores. “É melhor dizer abertamente quanto você ganhava no emprego anterior, se não a conversa fica travada, sem qualquer ponto de referência”, explica.

5. Estar desinformado
Para evitar constrangimentos, é importante conhecer bem a realidade do mercado quando o assunto é remuneração. Não tem intimidade com muitos colegas de profissão para perguntar quanto eles ganham? Vale consultar headhunters e fazer pesquisas em sites especializados, como o Love Mondays e o Glassdoor.

“Nenhuma fonte de informação trará precisão absoluta, mas pode dar uma ideia geral sobre a realidade salarial da sua área e evitará ‘chutes’ na hora de pedir um ajuste”, diz Patrícia.

Além dos salários em si, é importante entender até que ponto a sua posição é vista como estratégica pelo mercado brasileiro neste momento, completa a gerente da Michael Page. Dependendo da resposta, você terá mais ou menos espaço para negociar.

Disponível em: http://goo.gl/H4a1zD

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