LÍDER NO SEGMENTO CONDOMINIAL BRASILEIRO

Cursos formam síndicos profissionais que atuam em condomínios

A procura por formação aumentou 25% com a crise. É possível cobrar de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês para administrar um prédio com 60 apartamentos.

Vem crescendo a procura por um novo serviço em condomínios: o de sindico profissional. A Priscilla D’Onofrio, por exemplo, é sindica de um prédio, mas não mora no local. Ela é advogada e tem uma empresa que presta exatamente esse serviço. E Priscila administra quatro condomínios, cada um num bairro de São Paulo.

“Mesmo estando em outros lugares eu estou conectada aos moradores, ao corpo diretivo e à administradora para resolver os problemas”, explica Priscila.

Ela explica que o custo de um síndico profissional depende da quantidade de apartamentos e da quantidade de arrecadação. Ela dá um exemplo: em um condomínio de 60 apartamentos, que tem uma visita de 3 horas é possível cobrar de R$ 2 a 3 mil reais.

O escritório da empresa de Priscilla funciona na casa dela. Na equipe tem uma assistente, um engenheiro, que presta serviço como consultor, e o sócio Rogério.

Priscila percebeu o potencial desse mercado num curso para capacitação de síndicos profissionais. Um desses cursos foi criado pelo Ricardo Karpat em 2011 e é dividido em três módulos. Pode ser feito online ou presencial, em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. 1200 alunos, entre engenheiros, advogados e outros vários profissionais já se especializaram na administração de condomínios. “Com a crise sentimos aumento de procura. Diria que por ano tem aumentado 25%. Hoje formamos em São Paulo 14 turmas todos os anos.”

Serviço está em expansão
São Paulo tem 42 mil condomínios residenciais e comerciais. A Associação dos Síndicos não sabe quantos já contrataram um profissional, mas confirma que este é um serviço em expansão. A profissão de sindico profissional ainda não é regulamentada. É possível atuar nesse mercado como autônomo ou como micro-empresário.

O presidente da associação, Renato Daniel Tichauer, diz que incentiva essa relação de prestação de serviço de pessoa jurídica para pessoa jurídica, porque oferece segurança para quem contrata.

“Profissão de sindico não tem volta, como mercado cresce a todo instante e você precisa profissionalizar o serviço a gente sente a necessidade de reconhecer a profissão. Nós defendemos essa relação de prestação de serviço de pessoa jurídica para pessoa jurídica porque da toda segurança e robustez jurídica para quem contrata.”

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LTCAT

Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

O LTCAT é um documento que avalia e atesta a presença de riscos nos locais de trabalho. Esse registro entrou em vigor em 1997, e é de extrema importância dentro da área condominial. Visando a trazer informações sobre as condições de trabalho de grupos de funcionários.

TRABALHO EM ALTURA

Segurança para trabalhos em altura

Considera-se trabalho em altura o serviço realizado acima de dois metros do nível inferior, onde exista risco de queda. O funcionário deve receber treinamento para a função, com atualização a cada dois anos. Em condomínios, são comuns atividades de limpeza ou pintura externa.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Regulamenta as medidas para prevenção de incêndios, que devem seguir a legislação de cada Estado e as normas técnicas que se aplicam. Menciona deveres do empregador e a disposição correta das saídas de emergência.

ELÉTRICA

Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade

Norma que determina os requisitos para trabalhar com instalações elétricas e serviços com eletricidade. Entre as regras, estão a necessidade de desenergização elétrica ou uso da tensão de segurança para realização de serviços e a recomendação de não usar adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas.

PGR

Programa de Gerenciamento de Riscos

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas.

PCMSO

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O programa deve prevenir, rastrear e fazer o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. A partir do mapeamento de riscos ambientais, o médico deve estabelecer quais critérios devem ser avaliados quanto à saúde do funcionário. Estão previstos exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e o demissional. A norma também prevê a obrigatoriedade da presença de material de primeiros socorros, guardados em local adequado e aos cuidados de uma pessoa treinada para esse fim. Um relatório anual deve ser entregue à CIPA.

EPI

Equipamentos de Proteção Individual

EPIs são todos os equipamentos ou produtos de uso individual que protegem o trabalhador de riscos que podem ameaçar sua saúde e segurança. Muito comuns em indústrias e obras, os EPIs são obrigatórios também em condomínios. Um exemplo prático é o pessoal da limpeza, que deve usar luvas, para se proteger de produtos químicos, e botas de borracha, para não escorregar no chão úmido. Em áreas próximas a aeroportos ou avenidas com muito ruído, vale considerar o uso de um protetor para a audição. A empresa é obrigada a fornecer o equipamento gratuitamente e substituí-lo quando necessário. É dever do síndico garantir o treinamento e exigir dos funcionários o uso do EPI.

CIPA

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Trata da formação de uma comissão para evitar acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Nas empresas de até 50 funcionários, não é obrigatória a formação de uma comissão. Basta que um funcionário seja capacitado no treinamento anual da norma. A partir de 51 empregados, é preciso ter uma comissão, formada por representantes do empregador e dos empregados. O mandato tem duração de um ano.

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