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Guia com 20 Dicas Essenciais para Síndicos Iniciantes

Assumir a função de síndico é, para muitos, um marco importante — seja como transição de carreira, desafio profissional ou desejo de impactar positivamente uma comunidade. Porém, mais do que boa vontade, a gestão condominial exige preparo técnico, inteligência emocional e um olhar atento à legislação, às finanças e à convivência entre moradores. Por isso, este é um conteúdo indispensável para síndicos iniciantes que desejam começar com segurança e profissionalismo.

Pensando nisso, reunimos 20 dicas práticas e aprofundadas para quem está iniciando na função. Este conteúdo foi pensado especialmente para te ajudar a evitar erros comuns e começar com o pé direito. Uma leitura essencial para síndicos moradores, síndicos profissionais em início de carreira ou qualquer pessoa que deseja atuar com mais segurança no setor.

1. Domine a convenção e o regimento interno

A primeira atitude de um síndico deve ser estudar profundamente esses dois documentos. A convenção determina regras estruturais, como quóruns, atribuições, direitos e deveres. Já o regimento regula a convivência. Ambos têm força legal e devem orientar todas as decisões do síndico.

2. Faça um diagnóstico inicial do condomínio

Ao assumir a gestão, faça um mapeamento completo: situação financeira, contratos vigentes, estado de conservação das áreas comuns e pendências jurídicas. Um bom diagnóstico evita surpresas desagradáveis e orienta o planejamento de curto e médio prazo.

3. Invista na comunicação com os moradores

Gestores que mantêm canais claros de comunicação evitam mal-entendidos, fortalecem a transparência e aumentam a confiança dos condôminos. Use murais, grupos de WhatsApp, circulares e e-mails para informar e ouvir.

4. Trabalhe em parceria com a administradora

A administradora é uma extensão da gestão do síndico. Busque uma relação de confiança, com divisão clara de responsabilidades e alinhamento de objetivos. Boas administradoras ajudam a organizar a rotina, cumprir obrigações legais e otimizar processos.

5. Planeje e acompanhe as finanças

Elabore um orçamento realista, monitore o fluxo de caixa e tenha cuidado com inadimplência. Tenha clareza sobre o uso do fundo de reserva e seja transparente com as contas. Um condomínio financeiramente saudável é reflexo de uma gestão equilibrada.

6. Priorize a manutenção preventiva

A manutenção predial evita acidentes, valoriza o patrimônio e reduz custos futuros. Crie um cronograma periódico para vistoriar elevadores, bombas, extintores, telhados e demais estruturas. Negligenciar esse ponto pode trazer prejuízos sérios.

7. Saiba mediar conflitos com imparcialidade

Conflitos são naturais em qualquer comunidade. O síndico deve manter a neutralidade, ouvir todas as partes, evitar julgamentos precipitados e agir sempre com base nas regras do condomínio. A imparcialidade reforça o respeito à figura do gestor.

8. Organize assembleias produtivas

Assembleias bem conduzidas fazem a diferença. Prepare a pauta com antecedência, compartilhe materiais prévios, conduza a reunião com objetividade e registre tudo em ata. O resultado será mais participação e decisões mais claras e assertivas.

9. Contrate seguros adequados

Além do seguro obrigatório (previsto no Código Civil), avalie a necessidade de coberturas complementares, como responsabilidade civil e seguro para funcionários. Um condomínio protegido evita prejuízos imprevistos.

10. Capacite-se continuamente

O setor condominial está em constante evolução. Participe de cursos, eventos e grupos de discussão. A capacitação permite ao síndico atuar com mais técnica, autoridade e preparo diante dos desafios do dia a dia.

11. Mantenha a documentação organizada

Arquive e digitalize todos os documentos: atas, contratos, balancetes, notificações, plantas e licenças. Uma gestão documental eficiente facilita auditorias, assembleias e evita dores de cabeça em momentos críticos.

12. Estabeleça uma rotina de vistorias

Não espere que os problemas apareçam. Adote uma agenda regular de inspeções para áreas comuns, equipamentos, segurança e acessibilidade. Isso mostra proatividade e compromisso com a conservação do patrimônio coletivo.

13. Monitore o fundo de reserva com responsabilidade

Esse recurso não é caixa para uso recorrente. Deve ser utilizado em emergências ou manutenções estruturais. Sempre registre em assembleia quando houver uso e garanta a recomposição adequada.

14. Escolha prestadores de serviço com critério

Contrate empresas e profissionais com referências, CNPJ ativo, regularidade fiscal e experiência comprovada. Exija orçamentos detalhados, cláusulas contratuais e acompanhe a execução dos serviços.

15. Organize assembleias com foco no resultado

Mais do que cumprir uma obrigação legal, as assembleias são momentos estratégicos para direcionar o futuro do condomínio. Planeje, divulgue e conduza com profissionalismo. A gestão será mais respeitada.

16. Promova treinamentos internos

Funcionários capacitados desempenham melhor suas funções, evitam acidentes e atuam com mais postura. Invista em treinamentos sobre segurança, atendimento, limpeza e normas técnicas aplicáveis.

17. Mantenha uma postura ética e transparente

Prestação de contas regular, decisões fundamentadas e abertura ao diálogo fortalecem a imagem do síndico. Evite atitudes autoritárias ou favorecimentos. A confiança da comunidade é construída com atitudes consistentes.

18. Conheça seus limites legais

O síndico tem responsabilidades civis e criminais. Agir fora da convenção, omitir informações ou ignorar deveres pode gerar processos. Conheça a legislação aplicável (Código Civil, normas da ABNT, convenção, CLT etc.) e, em dúvida, consulte advogados especializados.

19. Fortaleça o relacionamento com o conselho

Mantenha reuniões regulares com o corpo diretivo, compartilhe decisões e busque apoio técnico e estratégico. Um conselho ativo é grande aliado na aprovação de medidas importantes.

20. Construa um legado

Mais do que resolver problemas, um síndico comprometido deixa uma marca positiva: um condomínio mais organizado, seguro e valorizado. A gestão de qualidade impacta diretamente na qualidade de vida dos moradores e no prestígio profissional do gestor.

A função de síndico é desafiadora, mas também altamente recompensadora quando feita com competência. As 20 dicas acima representam um verdadeiro guia prático para quem está começando, mas também são úteis para síndicos experientes que desejam revisar ou aprimorar suas práticas.

O caminho da excelência na gestão condominial começa com informação, ética, organização e preparo. Conte com o Grupo Gábor para essa jornada.

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LTCAT

Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

O LTCAT é um documento que avalia e atesta a presença de riscos nos locais de trabalho. Esse registro entrou em vigor em 1997, e é de extrema importância dentro da área condominial. Visando a trazer informações sobre as condições de trabalho de grupos de funcionários.

TRABALHO EM ALTURA

Segurança para trabalhos em altura

Considera-se trabalho em altura o serviço realizado acima de dois metros do nível inferior, onde exista risco de queda. O funcionário deve receber treinamento para a função, com atualização a cada dois anos. Em condomínios, são comuns atividades de limpeza ou pintura externa.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Regulamenta as medidas para prevenção de incêndios, que devem seguir a legislação de cada Estado e as normas técnicas que se aplicam. Menciona deveres do empregador e a disposição correta das saídas de emergência.

ELÉTRICA

Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade

Norma que determina os requisitos para trabalhar com instalações elétricas e serviços com eletricidade. Entre as regras, estão a necessidade de desenergização elétrica ou uso da tensão de segurança para realização de serviços e a recomendação de não usar adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas.

PGR

Programa de Gerenciamento de Riscos

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é a materialização do processo de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, visando à melhoria contínua das condições da exposição dos trabalhadores por meio de ações multidisciplinares e sistematizadas.

PCMSO

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

O programa deve prevenir, rastrear e fazer o diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. A partir do mapeamento de riscos ambientais, o médico deve estabelecer quais critérios devem ser avaliados quanto à saúde do funcionário. Estão previstos exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho, de mudança de função e o demissional. A norma também prevê a obrigatoriedade da presença de material de primeiros socorros, guardados em local adequado e aos cuidados de uma pessoa treinada para esse fim. Um relatório anual deve ser entregue à CIPA.

EPI

Equipamentos de Proteção Individual

EPIs são todos os equipamentos ou produtos de uso individual que protegem o trabalhador de riscos que podem ameaçar sua saúde e segurança. Muito comuns em indústrias e obras, os EPIs são obrigatórios também em condomínios. Um exemplo prático é o pessoal da limpeza, que deve usar luvas, para se proteger de produtos químicos, e botas de borracha, para não escorregar no chão úmido. Em áreas próximas a aeroportos ou avenidas com muito ruído, vale considerar o uso de um protetor para a audição. A empresa é obrigada a fornecer o equipamento gratuitamente e substituí-lo quando necessário. É dever do síndico garantir o treinamento e exigir dos funcionários o uso do EPI.

CIPA

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Trata da formação de uma comissão para evitar acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Nas empresas de até 50 funcionários, não é obrigatória a formação de uma comissão. Basta que um funcionário seja capacitado no treinamento anual da norma. A partir de 51 empregados, é preciso ter uma comissão, formada por representantes do empregador e dos empregados. O mandato tem duração de um ano.

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